Equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo de forma interdisciplinar, envolvendo as áreas de saúde, educação e equitação. A atividade busca o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou necessidades especiais, uma vez que exige movimento de todas as partes do corpo e interação com animais e outras pessoas.
A doma para o cavalo usado na equoterapia é chamada de comportamental, baseada no comportamento de manada, natural dos equinos. Também está intimamente ligada ao manejo mais natural possível e na observação do animal, que é selecionado por preenchimento de pré-requisitos.
Um desses é a altura. A professora de equitação, Drª Gabriele Brigitte Walter, no curso Seleção, Doma e Treinamento de Cavalo para Equoterapia, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que “o cavalo não pode ser muito alto, para conforto do acompanhante lateral. Se ele tiver que trabalhar com o braço muito para cima, pode provocar uma lesão de ombro. Assim, a medida ideal é de 1,55 m, no máximo”.
O animal para equoterapia só está pronto após, no mínimo, cinco anos de idade. Isso porque é preciso esperar quatro anos para que esteja preparado para início da doma. Quanto mais adulto melhor. Não adianta tentar domá-lo precocemente, porque o sistema nervoso não estará adequado para o aprendizado.
“Temos que lembrar que o cérebro do cavalo é dividido. Por isso, tudo que for feito de um lado, durante o treinamento, deve ser repetido do outro lado”, comenta a professora, que também é fisioterapeuta e psicóloga.
O animal deve aceitar manuseio e montaria pelos dois lados e, nesse momento, necessita de várias pessoas ao seu redor. É preciso que o equino tenha super sensibilidade na barriga, para obedecer ao comando de perna com apenas um toque.
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